quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

pAZ.

Pode ser compartilhando o pão nosso de cada dia. Também está ali quando dançamos sem que nos envergonhemos do que os outros dirão sobre nós. Redentora é a paz porque pode estar no velocista e também é matéria do budista. Risonha é a paz porque pode estar em alguém que foi e enfim retorna. Mas, também é colheita dos que alimentam os que tem fome.


A paz vem na palavra sedenta em semear a verdade. A paz vem quando cantamos desafiando os afinados. Magnificante é a paz porque pode estar no mestre, mas também é professor o simples pescador. Pura é a paz porque não altera-se. Se o beijo não chegou hoje, sabe ela que se ele ficou para amanhã, é porque amanhã será o tempo certo.

A paz é cura, seja do médico ou do curandeiro, a dor em passagem, transformou-se em passageiro.

Pode ser a paixão por um ou pela humanidade. Também está ali amante e amado. Silenciosa é a paz do abraço, nas mãos que desembaraçam os cabelos, no ouvir, no querer que o outro se sinta em paz, para que em paz possa crescer. Silenciosa é a paz de quem é mãe de filhos alheios, é pastora dos que se perderam, é companheira dos que foram entregue a solidão.

Há paz no alto do monte e nas urbanas calçadas do mundo corriqueiro. Há paz na floresta ou no se tomar chocolate quente e rir-se mais uma vez dos bigodes criados, lembrando-nos quanto a felicidade nada nos custava.

Há paz no templo. No nosso templo. O templo construído dentro de nós. Só não há paz no que freia, no que não venta, no que seca, no que não mergulha, no que temendo, teme antes a si mesmo. Assim então, nasce a guerra.

A guerra nada mais é que a falta de paz. Um templo, um tempo em que os guerreiros são iludidos que possa haver alguma vitória permanente, onde não haja paz. Onde não há paz tudo é transitório - As infelicidades do passado, de uma hora para outra, mais uma vez podem se tornar presente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário