segunda-feira, 12 de julho de 2010

[madalena e cristo]

Tolice, insensatez, coração mole. Mas o que queríamos mesmo é que numa noite estrelada Cristo tivesse levado Madalena até em casa, parado em frente ao portão e ele ter dito a ela como era uma pessoa especial, como era bonita e como a cada dia estava mais bonita ainda. Madalena nada teria falado. Madalena teria retribuído com um afagar nos seus longos cabelos. Teria encostado seu rosto no rosto dele e ele teria beijado-a. Madalena que antes estava pálida, agora estava corada. Cristo que tinha palavras para tudo então estava em silêncio.


Leonardo nasceu menino como todos os outros numa cidade pequena em Genebra. Leonardo brincou, amou e não tinha apenas uma inteligência diferenciada, tinha uma alma diferenciada. Leonardo quis um final feliz para as mulheres. O manto sagrado e sangrento que por séculos vem as colocando de fora não era a cor da arte dele. Talvez por isso que enquanto deu desistiu da idéia de cruz e partiu para uma idéia de amor. Não porque era libertino, mas porque era liberdade. Esse era o seu maior código. O código da Vinci.

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