quarta-feira, 7 de julho de 2010

[olhos de dragão]

Adorou os cachorros. Parecia terem vindo de um mundo encantado. Cabeça grande, corpo pequeno, mas robusto e, eram meigos, completamente meigos. É difícil se deparar com algo forte, mas que não demonstre nenhum perigo.


Riu quando encontrou aquele banheiro dentro do armário, riu novamente quando viu aquele quarto com três camas e aí foi seu corpo que riu quando viu a cama. Não esqueceu que a luz deveria ficar acesa. Dormiu e sonhou.

Ele os conquistou e eles o conquistaram, a ordem não faz muita importância, porque a ordem só faz importância onde existe desordem.

Seus olhos de dragão iam iluminando e se iluminando naqueles dias. É lamentável que quando crescemos, quando passamos a ser adultos, nossos olhos ao invés de serem lanternas passam a criar incêndios sobre aquilo que é felicidade.

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