segunda-feira, 13 de junho de 2011

[safada]

Tinha um espírito safado. Os meninos sentiam seu cheiro e ela com perfume de capim limão, ainda colocava o sutiã mais apertado para que pudesse realçar os seios pequenos e prematuros.


Buscava o pão para o café da noite e entrava no pequeno mini-mercado rebolando os quadris dentro de uma calça vermelha muito justa ao corpo, deixando que sua inocência tomasse forma de uma mistura de ninfeta com demônios que angariavam almas para o inferno. Os homens a comiam pelos olhos e as mulheres também a comiam pelos olhos. Eles a amavam. Mais que ódio elas se arrependiam por aquilo que não teriam mais.

Mas sua virgindade estaria selada ali por muito tempo. Como carta que não encontra remetente, notícia de amor que não vem, como pneu furado em dia de casamento. Muito além do beijo, do sexo, do seu corpo se deitar, quando corria pela chuva se via que ela deixava os pingos lamberem a sua pele. Um jeito tão adornado e gracioso de se sentir penetrada que seria muito difícil que um homem pudesse lhe conferir aquele mesmo prazer.

Brincava com o cachorro na beira do portão e os dois sempre no cio e sem a menor castração se entendiam. Nunca casou e teve 5 filhos sem saber destino. Tempestade.

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