quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cinema.


Gosto de filmes, mas filmes que falem de amor. Não precisa ser de um amor vivido necessariamente por duas pessoas. Mas um olhar romantico. Olhar romantico sempre faz o coração abrir-se em arcos. Acontece tão pouco belos romances na vida real.

Na verdade gosto muito de cinema. Pode ser para namorar ou só para estar lá. As pipocas de casa são gostosas, mas as do cinema dão uma sensação de serem feitas especialmente para aquele passeio. Um passeio naquela tela gigante. Um passeio por aqueles signos. Sou de Leão e você?

Só costumo convidar as pessoas especiais para ir ao cinema comigo. Só pessoas especiais podem ficar com a gente numa sala a meia luz, num silêncio em conversa.

Os cinemas são maravilhosos. A luz atravessando a sala como se atravessasse nossa própria história. Os olhos acompanhando o próximo acontecimento como se aquelas vidas ilusórias fossem nossas próprias vidas. Talvez não? São.

A vida pode iniciar meio salgada e esperamos pelo final doce. Os bons filmes nem sempre acabam tudo nas mil maravilhas. Na vida é o inverso. As grandes vidas acabam sempre se dando mal.
Quando chegou a televisão disseram que o cinema ia acabar. Quando chegou o VHS disseram que o cinema ia acabar. Quando chegou o DVD disseram que o cinema ia acabar. Insistimos em acreditar que o que é bom pode acabar. Só acaba o que é ruim, se não fosse assim, as coisas não tinham razão de ser. Como podemos imaginar que o beijo vai acabar, que o bilhete cheio de carinho vai acabar, que sanduiche com queijo, presunto, tomates e umas folhas de alface com muita maionese, isso pode um dia acabar? As lua cheia permanecerá existindo sempre que houver alguém com vontade de se declarar para alguém.

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