segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ortelã.


Via aquela menina de blusinha branca sentada no muro. Corpo em plena puberdade, formas perfeitas, cabelos negros que contrastavam com o amarelo dos lírios que cresciam naquela primavera. Tinha perfume de ortelã molhada pela chuva.


Todos diziam que aquela mulher era muito velha para ele. Roupas esquisitas, palavras sempre severas. Um pouco mais de capricho com os cabelos até poderiam lhe dar uma aparência um pouco melhor.

Olhos são olhos. Não se compram.

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