sexta-feira, 10 de setembro de 2010

]de_vir[




Todas as noites ela pedia um escrito para ele. Um escrito que falasse da sua pele. Um escrito que dissesse da sua intimidade. Um escrito para sempre, com todo amor. Um escrito plantado, incorporado. Um escrito feito das horas de seu De-vir.

Várias vezes ele ensaiou aqueles ensaios. Nunca os concluiu.

As palavras que iam saindo no papel não compunham nem um resquício das horas que passavam debaixo dos lençóis. Para cada vir lá estava ele ansioso para o próximo De-vir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário