quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cafés.



Cafés não são o melhor pretexto para uma conquista, mas deveriam ser.
Os cafés têm o mesmo charme do amor.

Café requentado é como amor que foi e tenta voltar. Algumas pessoas também o chamam de café passado. Amores requentados tem um gosto amargo da desilusão de ontem. Tem um cheiro de gavetas empoeiradas.


Algumas pessoas gostam de café gelado. Aquele amor que nunca está. Amor que sai pela tangente. Aparece no sol e desaparece com a chuva.

O amor que pega fogo e queima a língua é como café quente. Infinito enquanto dure. É um café bom, mas arriscado. Pode se perder as nuances do gosto. O gosto do afeto, o gosto de estar junto. O cativar.

Inventaram o café descafeinado. Dizem que é bom para quem tem problemas no coração.

Cafés... Não têm o glamour das champagnes. Não são encorpados como os conhaques. Não são despojados como as cervejas. Não são tropicais como as caipirinhas. Talvez se pareçam muito com os cinemas. Negros e misteriosos. Psicanalíticos e íntimos. Românticos e sonhadores.

Paremos com isso por aqui que o café está passando e como amor ele também é sempre gostoso de ser apreciado novinho.

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